quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

SEDUÇÃO


Sedução

Meu corpo dói
minha carne lateja...
Que faço eu agora, que tu feito um bárbaro
arrombou meu coração?
Guardo-te num relicário
ou rendo-me ao Senhor
que fez amor com a palavra
e excitou-me por entre as pernas
penetrando com sofreguidão
a delicadeza do meu corpo de mulher
gozando a plenitude de meus mistérios?...

E agora?!

Quero amar-te 
de uma maneira só minha
um amor inédito, compensador
que busca a perfeição do ser
numa aura romântica que me envolve e a te

Quero esse abraço que acolhe e conforta
e esse olhar demorado
de semântica clara,
esse estado de graça, um sonho perfeito, quero!

Quero o calor do teu corpo 
a envolver-me corpo e alma e o êxtase de ser tua
sem importar-me com o extemporâneo ocasional.

...nas minha reflexões, por vezes,
sou um pouco assim, como tu, Imortal.

(para Odur)


sábado, 26 de dezembro de 2015

SENSAÇÕES


SENSAÇÕES

________e do silêncio brotou a voz!
E toda sua significância acercou-se da alma ,
e a ouvi-la, despiu-se dos pudores
e estando nua permitiu-se ao toque.

Alma e voz uniram-se
e a manifestação do Sagrado se deu
através do gozo.

Voz/alma/homem e sua temporalidade
reverenciaram a deusa mulher
e seus primitivos desejos
ora carnais, ora espirituais.

A profanação do templo/corpo
primeiramente pelos olhos
dá a alma todos os meandros da voz
e as benesses que a mesma almeja.

Vibrações sensoriais
sofreguidão
tremores
êxtase
gozo



(Para Odur)

domingo, 20 de dezembro de 2015

CONVERSANDO COM ALICE - O PARAÍSO


Conversando com Alice

O Paraíso

[...] Alice precisava livra-se daquele calor que lhe queimava as coxas. Precisava livrar-se daquela sensação latejante e úmida que fazia seu corpo arder por dentro da calcinha. Então vai até o rio - a água fria seria a sua salvação. Alice fora criada pele avó e duas tias solteironas que passavam os dias rezando o terço e maldizendo os desejos da carne.

Alice vivia entre o céu e o inferno. Era a presença do pecado aliciando os seus pensamentos e ela muitas vezes cedia aos tormento da carne enquanto  olhava os bois e os cavalos com seus pênis enormes fazendo-os desaparecer dentro da vagina das vacas e das éguas. Ficava horas olhando e depois, à noite, quando todos estavam dormindo, ela ainda pensava nas vacas e nas éguas e em suas vaginas vermelhas. Então, se tocava por cima da calcinha até sentir a carne tremer em convulsão e depois adormecia atormentada pelo pecado e o medo do inferno.

Na beira do rio,  Alice tirou os sapatos e caminhou lentamente, sentiu a água lambendo suas coxas e esfriando o desejo da carne.Alice fechou os olhos e respirou fundo tentando acalmar-se. Então o silêncio foi quebrado. Alice abre os olhos assustada e reconhece Alcides caminhando pela margem do rio, vindo em sua direção. 
Alcides sempre visitava as tias de Alice, fazendo pequenos consertos na casa, no gerador, na bomba de água. Ela percebia a forma como ele a olhava. Alcides não falou nenhuma palavra, apenas se aproximou e olhou para ela. 
Segurou a sua mão e a levou para onde a água era mais rasa. Então, ajoelhou-se diante de Alice e suspende o vestido e com a mão em conha traz água pra molhar as coxas de Alice, ela fecha os olhos e permite aquele contato das mãos e da água em sua pele. 
Alcides, acaricia demoradamente as pernas  molhadas e lentamente sobe em direção da calcinha molhada, que deixava ver um pouco dos segredos de Alice - sua vulva. 

Com dedos ágeis ele puxa a  calcinha para o lado e lentamente faz com o dedo deslize pelos lábios da vagina de Alice, ela desperta do torpor e tenta fugir, mas Alcides a segura pela mão, levantando-se e então fala em seu ouvido: "Vou fazer bem gostoso" e dizendo isso, passa a língua pela orelha de Alice. Ela treme e se deixa neste abandono. 

Alcides beija-lhe demoradamente o pescoço e a orelha enquanto a mão desce insinuando-se por dentro da calcinha de Alice, e seus dedos passeiam entre os lábios da vagina fazendo-a tremer e afastar um pouco as pernas. Alcides sentindo o movimento, ajoelha-se diante de Alice e beija o monte de vênus coberto de pelos negros e macios.

Então ele faz com que Alice deite na areia úmida e diz em seu ouvido: " Fecha os olhos, eu vou fazer bem gostoso. Não vai doer!" e lentamente puxa a calcinha para o lado e com o dedo, vai alisando os lábios e buscando o clitóris em movimentos de polegar e indicador, ora apertando ora alisando. Alice geme e se retorce mantendo os olhos fechados ouve o rumor da correnteza, o mugidos dos bois e os pássaros.

Ela pensa em gritar quando sente Alcides tirar sua calcinha e abrir suas pernas. Esta em brasas. Alice se lembra das vacas e das éguas, das vaginas enormes e dos pênis sendo engolidos por elas. Alice estremece quando sente os lábios de Alcides tocando a sua vulva e a língua passeando livre e atrevida entre os lábios e sugando-os e depois a mesma língua penetrando sua vagina faz com que Alice vire um bicho uivando e gemendo e corcoveando igual as éguas no cio. 

Alcides aproveita e busca o clitóris e suga demoradamente sorvendo cada gota do néctar de Alice. Ela balbucia palavras desconexas sobre o céu e o inferno, sobre o pecado e sobre os pássaros bicando os seus olhos para que não consiga encontra o caminho para o céu. 

Ela está no céu e no inferno e abre as pernas e segura a cabeça de Alcides  e esfrega a vulva molhada e inchada e oferece o clitóris para que Alcides morda e chupe e faça nascer mais água de dentro da sua vagina. Alice goza intensamente na boca de Alcides. Então, ele se levanta e vai embora. Alice permanece ali, ouvido o rio, o vento, os bois mugindo ao longe, os pássaros. Tudo está calmo agora e os bois estão chegando, Alice se levanta, veste a calcinha molhada e vai para casa.


(com Odur)


sábado, 19 de dezembro de 2015

O PLENILUNIO DO AMOR (OU OS ARQUÉTIPOS DE LUCIAH)


O PLENILUNIO DO AMOR

(OU OS ARQUÉTIPOS DE LUCIAH)

Luiz Alberto Machado

Quisera eu, qual Tagore insone jardineiro, profanar por inteiro na penumbra da tua reclusa noite o teu riso luzidio esplendoroso, um riso salvador de rara beleza.

E nesse riso ver-me viajor escravo com os sabres do meu desejo e a lança de hóspede invasor por teu decote sedutor e por todos os teus aposentos a serviço dos teus quereres e com palavras doces ao teu ouvido na alcova que irradia o azeite perfumado do teu leito.

E todos os meus afazeres serão te servir, qual devasso Jung para empreenderes novas conquistas, enquanto revolvo todos os teus mantos de noiva vestal na festa nupcial.

E sob os teus véus carregados de segredos eu me atreverei a ver-te toda nua na tua introversão e a povoar teus sentimentos e pensares para cobri-la e protegê-la com os meus beijos no plenilúnio dos teus seios.

E vou recolher o orvalho de tua carne sedenta nas gemências dos teus quereres e como galardão tomarei

para mim o que me deres qual mendigo que recolhe a oferta altruísta a explorar todos os ângulos, faces e lados de tua natureza alquímica.

E assim farei emergir a lua nascente dos teus pés, para que eu proceda na tua individuação, alcançando o ouro do teu ser como Paracelso na libação do teu poder enérgico nos estremecimentos de fêmea no cio.

E nos arrepios da tua púbis eriçada pecaminosa e forjada no calor da volúpia, empunharei meu dardo inexoravelmente rijo para sentir o eflúvio da flor do teu sexo, da rosa da tua vulva com todas as tuas experiências primordiais.

E assim romperei tua noite cabalística por todas as mandalas emergentes do teu fogo inextinguível que brotará da febre inquietante para iniciar-me na saga de Eros e Tanatos, até sabê-la na viagem noturna do teu mar de Vênus e a descobrir das sombras dos teus temores e furores mais envolventes.

E na madrugada gnóstica o meu fervor ibérico estará a postos para desvendar tuas mitologias mais estrepitosas e para o deleite de tua mais completa entrega insular.

E quando o sol invadir os teus aposentos matutinos, beijarei tua carne, lamberei tua pele e te revirarei de bruços para cobrir-te do tornozelo às costas com a exploração de suas mais recônditas cercanias.

E vou untar todo teu corpo com meu sêmen enquanto meu sexo percorre se esfregando por toda tua geografia e as minhas mãos inquietas e obscenas estarão no teu ventre a buscar do fogo e do sol a nascer do teu prazer e de todos os teus rios e mananciais.

E até que te tenhas por inteira totalmente lambuzada pelo visgo do meu sexo, te entornarás ajoelhada com os punhos na minha oferenda e falará no meu falo, e nele fará flauta entre os lábios para exprimir dulcíssimas canções até que a minha serpente se torne prateada com a tua saliva.

E que o veludo da tua língua e o calor da tua boca se fartem e me tenham sob o teu domínio a se irrigar de mim com o que há de explodir da minha mais frenética catarse até inundá-la corpo inteiro com minha seiva a escorrer-te até o ventre minado.

E te apalparei para que minha sede cunilíngua te invada por toda hospedaria vespertina do teu gozo e te traga os encantamentos movediços e velozes das tuas raízes famintas com todos os folguedos dos meus
desejos imorais no teu cântaro e nos teus viçosos caminhos.

E quando o teu inspirador crepúsculo ensaiar uma nova entrega serei coroado com um novo gozo que me entronizará no prêmio da tua extroversão com todo o suspiro de tua voz no sonho interminável a repousar no teu infinito mistério.




quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

ETERNO EM MIM


ETERNO EM MIM

Meu corpo é fogueira intensa
Quando me olhas assim
Desta maneira a me devorar o corpo inteiro.
Neste seu beijo molhado
Sinto a pele quente grudar
Rasgar na sua boca faminta...

Nas tuas mãos meus seios, meus anseios
Meu corpo de mulher se abre em luminescências
De cores odores, amores escorrendo em doces
Sabores na tua boca e a tua língua me fazendo existir...

Sob o peso do teu corpo desfaleço em êxtase profundo
Quando te sinto em minhas entranhas,
Como um oceano inundando-me de puro amor.
Tuas águas misturando-se às minhas águas
Um mar revolto dentro de mim faz sua morada...

Na tua hora, no teu êxtase tuas mãos
Procuram as minhas e tua boca possui a minha boca
Num beijo doce e molhado consumando o nosso amor,
Fazendo-te eterno dentro de mim.


(para Odur)

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

AMOR

Amor

[ ! ] ... Desde quando te amo?!
Ah, eu não sei...
O que sei, são as palpitações que descem pelo pelo meu corpo
até o vértice da insensatez__________ cálice de bebida
que sacia a tua sede de mais amar...

Desde quando eu te quero
a usufruir do meu corpo e beijar minha boca
nessa sofreguidão de cavalo louco
cavalgando sem destino

Desde quando eu te possuo?!
Desde sempre_______sou o teu regaço
teu amasso
porto seguro
nos meus braços depois do amor 
o teu sorriso me dá a paz de ser mulher


(para Odur)