segunda-feira, 28 de março de 2016

ERÓTICA


Erótica


Quando
sinto
da sua pele
o toque macio
e das suas mãos
a tortura
ah,
alucinada eu me dou,
sou sua.
 Sinto a pele queimar
os mamilos enrijecem 
os seios avolumam
a vulva lateja
úmida
quente
florescendo
escorrendo o néctar que a sua boca pede
e ao toque da sua língua
mais me alucina
e te arranho as costas
e falo indecências
tudo que me atormenta
e me alimenta
ah, eu imploro que você me 
beije, me lamba e me chupe
me torture e me penetre
me foda
me coma e me faça gozar
alucinadamente gozar com você. 
 Ah, eu me dou você
me entrego
me abro
sou sua fêmea
rendida aos seus caprichos
e desejos
participo no seu jogo
antevejo o gozo
e te recebo em mim
sou sua e você é meu
num orgasmo que transcende
e somos___um só


   com Odur

 

segunda-feira, 21 de março de 2016

DITOSA

Ditosa

Arre! Não demora, venha logo
já não aguento o tesão a subir-me pelas pernas
lambendo feito labareda
queimando a pele, venha!
Já arriei as defesas
quero você no chão ou sobre a mesa
já não importa o lençol de seda
ou a cama macia, sou sua puta ditosa
sua fêmea cheirosa
safada, manhosa querendo você
entre as coxas numa foda gostosa
até me deixar exangue, acabada
largada , gemendo baixinho no seu ouvido:
_Vai amor, goza gostoso, 
ah, meu amor goza eu quero
goza amor,
eu amo você!


para Odur

domingo, 20 de março de 2016

LUXÚRIA


Luxúria

quero a luxúria
a paixão
a loucura
da tua boca_________a percorrer-me a pele
e a tua língua a revirar-me as entranhas

quero teu sexo navegante
de prazer
a penetrar-me com furor
e a volúpia dos teus beijos
possuindo minha boca  e as tuas mãos
nos meus seios avolumados
tesos mamilos
ao seu toque, ah, eu quero
o teu corpo
a extensão da tua pele
na profundeza do meu corpo/seu
e o teu gozo
só meu


para Odur




HAIKAI ERÓTICO 04

haikai erótico  04

sobre o teu falo
endoidecida de prazer
o corpo exangue


ilustração: Angelique et Medor / Carracci



SUA


SUA

no meu corpo
 o torpor
a languidez
a doce espera
e a certeza
do teu corpo
 sobre o meu


RESTRITO


Restrito

eram minhas as vontades
e as maldades da carne
de quem se consome
em agonia e êxtase

eram os delírios e as delícias
enfeitiçando a alma
desabrochando a flor
no estertor do gozo

eram meus os gemidos
os sussurros
o balbuciar desconexo
pedindo pelo teu sexo
quando a insonia
chegava com a noite
e a tua ausência se fazia
na minha carne de mulher