sexta-feira, 3 de junho de 2016

DESTINO



Destino
 embriagada no prazer 
da tua boca
ante o espectro da dor a crucificar-me,
alma e corpo
vislumbro a claridade
e o fulgor avermelhado que antecede o gozo.
Renovando é o sangue e o corpo
minando água para tua sede
___ah, essa tua boca tão primitiva
tão despudorada
a percorrer minha entranhas
numa libertinagem que não requer o perdão
e nos 
 impede o paraíso dos puros.
Eis o crepúsculo do corpo____ desvanecendo em resplendor
os contornos da vida enclausurada.


para Odur

 
ilustração: Roberto Ferri


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