segunda-feira, 26 de setembro de 2011

AMA-ME




Ama-me

Olha em meus olhos...
Estou aqui, corpo e amor
Só para você
Abraça-me, me sente.

Quero sua boca
Se derretendo em meus beijos,
Minha boca, vasculhada pela sua língua.

Quero suas mãos
Navegando nos rios da minha pele,
As suas dúvidas encontrando
Respostas no meu desejo.

Quero minha existência sob o peso
Do seu corpo
Nesta hora louca de pura entrega,
Entre sussurros e gemidos
Abafados, colados na sua pele...
Quero seus segredos.

Entre ventos e trovoadas,
Quero sua carne rasgando minha carne
Tua seiva derramada em meus atalhos
Até a confluência do amor vertente.

Quero a explosão do seu gozo
No meu gozo
Alimentando minhas entranhas
Neste momento primeiro da comunhão
Da carne onde eu digo,
Te amo

domingo, 25 de setembro de 2011

VELUDO





VELUDO

O teu calor me persegue
serpente de fogo,
queimando minha pele
enquanto me despe de poudores/odores
Tuas mãos me desenham,
fêmea/mulher tua
agonia e êxtase
na pele nua/veludo.
Tua boca beija/beijos
escorregados
indecentes
molhados
florescendo
orvalhando meu corpo.
Teu sussuro entre/dentes
traz a loucura do gozo
iluminando os poros
acendendo meu olhar dentro do seu olhar
no momento em que a tua boca se aproxima
e beija a minha...






quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MALÍCIA


MALÍCIA


Vento de vendaval
Descobre a nudez do deserto
Faz passear os olhos que me olham
Na curva das minhas costas...
Escorrega as suas areias pelos meus labirintos
E desenhando um nome na minha pele nua
Crua de desejos e malícias
Acorda a fêmea que há em mim.
Açoita minhas coxas
Desça pelos meus seios sucumbindo amores
Em meus ouvidos
E calores nos meus infinitos gozos.
Vento de vendaval
Sopre o calor sobre mim
Vertendo o suor de cada poro
Sal para sua boca
Vida para seus sonhos.


AMOR



"Um sobre o outro, eles cavalgavam juntos. Iam juntos em direção às distâncias desejadas. Atordoavam-se numa traição que os libertava." (Milan Kundera)


AMOR
Abre a tua mão e passeia sobre mim
com a tua existência
até onde a loucura inicia.
Abre os poros da minha pele
fazendo arder a carne que te deseja.
Passeia sobre mim...
Passeia com teus cavalos de fogo
pisando os meus seios
abrindo feridas famintas
sangrentas...
Passeia sobre mim...
Passeia com teu olhar de anjo
e devora-me com tua boca
até minha alma abster-se
de toda luxuria e entregar-se
mansa ao teu prazer.
Passeia sobre mim...



sábado, 17 de setembro de 2011

MEIO DIA/MEIA NOITE




MEIO DIA/MEIA NOITE

Dias brancos...
Passeia-me o sonho
Nestas pétalas desabrochadas
Ante o teu olhar de verdes estações
Nuances do meio dia/meia noite em teus braços
Hora de magia
Hora nossa...
O que olha agora, amor meu?
O que vê no espelho dos meus olhos?
É isso, uma flor que se abre
Aos teus carinhos?!
Ah, meu amor
Atiça-me o desejo
Na maciez da tua pele e o cheiro
Do teu desejo alucina...
Me solto e te acompanho
Enlouquecida te possuo
E te cavalgo
Feito amazona nua
Faminta do teu amor...
Cavalgo-te enquanto olhas o meu olhar
Enquanto me sacio cravando as unhas no teu peito
Vertendo o teu sangue
Que minha língua lambe
Fazendo adocicar minha boca
Cada vez mais ávida do prazer.
Tuas palavras em meus ouvidos
Pedindo-me, me fazendo cada vez mais alucinada
Nesta entrega sem pressa
Nesta magia onde nossos corpos
Fizeram-se um só
Somos e fomos além do universo
Num gozo abençoado
Numa explosão de puro amor
Só nós dois, amor, só nós dois.
Só nós dois...

AMAR NA MADRUGADA







AMAR NA MADRUGADA


E amava tanto quE se
perdeu
no vácuo de quem
respira
tranpira sUor de amor
frágil dor
em poesia.
Chuva à meia luz
menina de paixão
seduz
a lua escondida
encabulda, enamorada
sorri um beijo
de erva doce
promessa e ladainha
sonho imorTal
na nudEz
das coxas
mãos aflitas
luz
m
o
r
t
i
ç
a
horas quietas neste

aceno do dia
que lamenta a distância
e a ousAdia
deste olhar lascivo
na madrugada
uM
s
u
s
p
i
r
o
enquantO ama...


DESEJOS



Desejos

Minhas mãos tremulas/suadas
Em desatino rasgam tuas roupas
Expondo teu corpo e cheiro de homem,
Objeto do meu insano desejo...

Percorrem numa ânsia louca
Desvendando teus segredos,
Arrepiando ao leve toque os teus mamilos
Sedentos de meus lábios...

Tua pele quente se oferece às minhas carícias
Loucuras, doçuras, canduras, fantasias, desejo de amar.
E nesta fome do teu corpo
Afogo minhas fantasias refletindo-me em teu olhar...

Minhas mão te possuem. Te tocam
Conhecem e sentem o teu desejo de me amar
Enquanto me faço amada e amante
Me saciando nesta cavalgada sem tréguas...

Eu te possuo enfim...
Por um momento sou dona do teu prazer
Te sinto em mim e
Eu sou dona do teu corpo,
Dona do teu ser.
Dona...
Dona do teu amor...

E quando extenuada defaleço em seus braços
És meu dono,
Meu dono...






INTROIBO AD ALTARE DEI


Introibo Ad Altare Dei


Os meus seios de mar
Em suas mãos
Atlânticas.
Divino espelho,
Mulher de mar.

Algas marinhas
Onde seus dedos tocam.
Verde mar de areia,
No ventre líquido
Que escorre...

Seios de maresia
Flutuam em ondas.
Na sua boca,
Elástica língua
Sobre a perola.
Girando... girando... girando...

Pedaços de espuma
Sargaços convexos na escura gruta,
Alguidar do teu sêmen.

Espuma no vento.
Colisão da noite.
Verde mar azul
No gozo atlântico
Do seu líquido,
Gozo derramado...