terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CÂNTICO DE SOLIDÃO I


Cântico de Solidão I  - (Freya sofre sem Odur)

Amado meu
a noite é uma vertigem
qual morte rondando os meus sonhos
longe dos teus braços, que estou.

E do céu, em aguaceiro
nem as estrelas, nem o farol lunar
nem os cometas alumiando o meu olhar

Aaah, dor que me invade
trazendo aos meus lábios, a taça da solidão e fel
sob o manto negro desta noite sem luar.

Amado meu, nesta hora de silencio
o meu corpo arde
minhas entranhas falam a linguagem do amor
e os cântaros d'água
despejam seus líquidos de amor
a desejar-te em mim
deslizando sob o meu ventre
feito serpente sagrada
buscando o aconchego no meu altar

...E lá fora, o vento açoita as nuvens
e elas choram... Elas choram!

Meu corpo lasso,
ardendo nessa febre terçã
me faz buscar a chuva na concha das mãos
e refrescar com ela_____a vulva ardente
querente do teu falo e das tuas águas
de mais querer...

Amor meu, clamo ao vento
aos raios
aos relâmpagos
mas endoidecidos de ciúmes
eles se calam ____e não me trazem
o teu ser tão amado...

Aaah, noite de tristeza e agonia
curve-se à aurora que traz com ela
o meu amado de volta aos braços meus...

Aaah, luz resplandecente do disco solar
acende o meu olhar
ilumina a minha escuridão
com o gozo que antecede o primeiro beijo
da sua alma na minha...

 (para Odur, todo amor da sua valkyria Freya)

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