segunda-feira, 25 de abril de 2016

DOR DE AMOR

Dor de Amor

___nem mesmo as águas de um lago
refrescam  da minha carne
o desejo___olho de fogo
a me queimar-me  noite e dia
santificando o amor
que te reconhece amante
nos vales situados por entre as minhas coxas.
Eis-me aqui, vestal desnuda
a querer-te, das mãos_____as carícias obscenas
a contornar os meus seios, e a repartir o meu corpo
em fogo e brasa
no plenilúnio da lua nua.
Eis-me aqui, cativa sua
a espojar-te as carnes
e banhar-me em tuas águas
a bendizer-te o falo, cintilante de todos os matizes
guardando em si, a nobreza do teu prazer
ah, essa tortura de mais querer-te por dentro de mim
açoitando-me com sua língua  até que ao gozo
meu corpo seja rendido
e submissa ao teu desejo____eis- me aqui,
sou sua
e mesmo presa nessa dor de amor
ainda assim, minh'alma beija a sua alma
no estertor de mais um gozo___enfim.


para Odur

 
tela: Dolore D'amore per la tua poesia.
In fede Candido Autero pittore artistico partenopeo in Napoli Italia.
 
 




Nenhum comentário:

Postar um comentário